Desesperança Cotidiana par Mente Grave
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Sereno se foi, anunciando a covardia do Sol
As nuvens choram e temperam as luzes do farol
Um pouco mais, a vida é pouca e só nos resta a contra mão
Minha tez feroz, como meus olhos negros e minha juba de leão
Eu vou rasgar esse registros brancos de morte
Que insistem em ditar destino, futuro e sorte
Eu vou gritar aos ventos do norte
Vai ser real, venturas de um povo vivo e forte
A praça
A Lua
A gente e a melodia
Sussurros e pavor de pessoas feridas
Senhoras e senhores
Meninos e meninas
Sem Deus e sem amor
Divinas maravilhas
O sangue que corre no asfalto contorna as ladeiras porque vem de baixo
Tem gente que nasce pra viver no chão, quem veio do céu vive sempre no alto
O canto abafado e cansado de pássaro preso mas já conformado
Incomoda, ensurdece e invade os portões das cidades de sangue e pecado
Esse sangue é vermelho, e essa carne é de cor
Esse sangue é vermelho, outro tipo de amor
Não faço parte nem inteiro, me nego e não sou fantasia
Não sou teus desejos de violências e sangria
Meu Deus, afasta-me esse cálice e vista-me da luz do dia
Porque o escuro me amedronta e a paz deixou as nossas vidas
A praça
A Lua
A gente e a melodia
Sussurros e pavor de pessoas feridas
Senhoras e senhores
Meninos e meninas
Sem Deus e sem amor
Divinas maravilhas
- Titre la chanson : Desesperança Cotidiana
- Par : Mente Grave
- Hashtags populaires : #Desesperança #Cotidiana
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